E o que é a vida se não uma soma de bons e maus momentos?
Ao contrário da maioria das pessoas em agosto trabalho imenso. Os dias têm sido passados em sessões de coaching e correções de trabalhos das formações e-learning. Para trás têm ficado o livro, as preparações dos vídeos e a programação das próximas edições da rádio. Eu sei que tenho tempo, mas há momentos em que sinto que ele voa!
Dentro desta dinâmica, toda ela intensa, a vida social tem ficado para trás. Entre trabalho, quatro patas, filhos e momentos a sós (dos quais não abdico) tenho tido consciência da falta que aquele que foi, durante anos, o meu melhor amigo me faz. Perdermos o nosso melhor amigo, ou amiga, dói. Dói pela saudade, pelas risadas, mas sobretudo pelos desencontros. Dói pelo afastamento e dói pela comparação que fazemos quando estamos com outras pessoas. Criam-se hábitos de partilha, de horas de conversa, de opiniões, de tomadas de decisão e sobretudo de apoio e desafio. Foram anos, foram mesmo muitos anos de viagens, de almoços e jantares, de horas infinitas de conversa, de momentos de silêncio, de noitadas e copos e de debates de opinião. Outros tempos outro ciclo de vida.
Mas porque estarei eu a falar de tristeza num mês que decidi falar de felicidade? Porque sermos felizes não nos impede de termos momentos tristes. De refletir sobre aquilo que temos e aquilo que sentimos falta de ter. Podemos ser pessoas felizes detentoras de momentos de tristeza. Faz parte. Faz parte aceitarmos a tristeza tal como faz parte aceitarmos a felicidade. Aceitar que nesta equação todos os sentimentos são bem-vindos é preparas-te para o bom e o mau. E o que é a vida se não uma soma de bons e maus momentos?
Coaching Inspiracional
Marta Leal