O amor mora na minha sala de aula
"O amor mora na minha sala de aula"
Tomás Francisco, 12 anos
Trabalhar com os mais novos tem em mim um efeito inspirador. Não só pelo que dizem, mas principalmente a energia com que o dizem. Ontem falávamos do que era importante na vida do Tomás e, foi quando ele abriu um sorriso enorme enquanto me respondia à pergunta que eu lhe tinha feito.
- Onde mora o amor? O amor mora na minha sala de aulas!
A resposta fez-me sorrir. Os olhos brilhantes a expressão de felicidade enquanto descrevia a "namorada". O Tomás está apaixonado pela colega de turma, e tem noção de que o amor deve fazer parte das nossas vidas. A sessão continuou, mas a felicidade do Tomás ao falar de amor foi contagiante e fez-me lembrar esta passagem do livro que escrevi sobre o tema:
"No desenrolar da minha atividade enquanto facilitadora de desenvolvimento pessoal e formadora fui-me apercebendo que uma das questões recorrentes está diretamente ligada aos relacionamentos, ou seja, o amor ou a falta dele.
Percebi, também, que esta situação é transversal ao género, à idade, à situação socioeconómica e à cultura onde os indivíduos estão inseridos. É como se o amor não tivesse qualquer tipo de fronteiras. Seja qual for o objetivo a atingir, a verdade é que, passado uns tempos, este assunto é geralmente colocado em cima da mesa.
Existem aqueles que o procuram incessantemente, saltando de relação em relação, sem se permitirem pensar e/ou avaliar o que correu bem ou mal. Existem aqueles que depois de um grande amor falhar, desistem, desacreditam e impedem-se de amar. Existem, também, aqueles que na procura de um amor perfeito, sujeitam-se a situações que jamais pensariam viver. O amor é complicado e viver o amor é desafiante, tal é o número de variáveis que lhe estão agregadas."
Mas será que não seria mais fácil olhar para o amor de forma simples e com uma entrega total? Será que não devíamos olhar e viver o amor como as crianças o vivem? Será que o amor não merece ser olhado sempre de forma inocente?
A forma como amamos é uma escolha. Podemos escolher amar no medo ou na entrega. Podemos pegar nas experiências negativas e usa-las para melhorarmos ou para nos impedir de voltar a amar. Acredito que todos tivemos um amor que morava na nossa sala de aulas. Hoje peço-te que o recordes. Hoje peço-te que te lembras do que te fazia sentir. Resgata a criança que há em ti e pensa de que forma podes viver o teu amor atual como viveste o teu primeiro amor.
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