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... Blogger, coach, mentora, palestrante, autora, contadora de histórias, formadora e uma apaixonada pela vida ...

Para ti o que é a felicidade?

Marta Leal, 31.07.17

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Hoje tinha planeado ir à praia pela manhã. Uma das vantagens de quem gere a própria vida é esta. Decido quando faço, como faço e se me faz sentido fazer. Digo que tinha planeado porque a esta hora chove e o cheiro a terra molhada começa a invadir as minhas memórias. Gosto. Gosto tanto do cheiro a terra molhada. Não me lamento que esteja a chover apenas reformulo planos e vontades. E é assim que me movo pela vida. Perante um obstáculo procuro uma solução. E hoje o obstáculo foi, sem dúvida, a chuva que insiste em cair. 

 

Para Agosto decidi eleger o tema da felicidade. Uma palavra que muitos usam, poucos vivenciam e a maioria passa a vida perseguir. Uns dirão que não existe, outros farão uma lista de variáveis necessárias para se sentirem felizes, outros, ainda, dirão que são felizes à sua maneira. O que é importante aceitar é que cada um de nós olha para a realidade de acordo com as suas aprendizagens, as suas experiências, os seus valores e as suas crenças. O que é ser feliz para mim pode ser diferente do que é ser feliz para ti. O que entendo por felicidade pode ser diferente daquilo que tu entendes por felicidade. A forma como manifesto a felicidade pode ser diferente da forma como tu manifestas a felicidade. E quando assim é não estás errad@, estás apenas a ser tu.

 

Cá por casa considero-me uma pessoa feliz. O que não significa que os momentos menos bons não existam. Existem, claro que existem. Também não vos vou dizer que procuro ver sempre o lado bom das coisas. Não procuro, porque sei que nem sempre existe um lado bom. Existem situações que têm tudo menos lado positivo. Não acredito na euforia da positividade. Como não acredito, não o vivo. Então, como posso ser feliz? Aceitando que a vida é composta por momentos bons e momentos maus. E, que não são os momentos em si que determinam a minha felicidade mas apenas o modo como eu os vivencio e os resolvo. Se a minha vida é pautada por momentos de tristeza? Claro que sim. Como poderia conhecer a felicidade se nunca tivesse vivenciado a tristeza?

E, para ti o que é a felicidade? O que é que te faz realmente feliz? De que forma a vivencias? Pensa nisso e tem um dia inspirador!

 

Marta Leal

Coaching Inspiracional

E um dia, deixo de te sentir e limito-me a recordar-te

Marta Leal, 26.07.17

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Existem aqueles dias em que a tua ausência se torna insuportável. Nesses dias, sou até capaz de esquecer as incompatibilidades, as palavras malditas e até as situações mais constrangedoras. Controlo-me. Controlo-me tanto para não te contactar, para não te falar, para não te dizer para tentarmos mais uma vez. Controlo-me para não te saltar para o colo e dizer que te amo. Controlo-me, e tu sabes que no que diz respeito ao amor eu não sou de me controlar.

 

Sorrio ao som dos momentos bons. Há uma tendência em mim para que seja sempre assim. Para que os momentos bons me façam sorrir. Por vezes, naqueles momentos mais insanos em que o dialogo de mim para mim se torna intenso, converso contigo. Houve momentos em que discuti, te ofendi e te disse tudo o que ficou por te dizer. Hoje, conto-te o meu dia, as minhas vitórias e as minhas dúvidas. Ai caraças, as minhas dúvidas que tanto me ajudavas a desconstruir. Hoje sou eu que as desconstruo e percebo que consigo viver sem ti, e percebo que consigo funcionar sem ti.

 

E depois percebo que são mais os dias que não penso em ti, do que os que penso. Percebo, também, que na tua ausência cresço diariamente não porque me impedisses de o fazer, mas apenas porque me recusava a fazê-lo. Foi melhor sim. É melhor assim. Convenço-me eu nos dias em que sinto a tua ausência.

 

E um dia, quem sabe, deixo de te sentir e limito-me a recordar-te. E será apenas nesse dia que eu sei que estarei, novamente, preparada para amar. Será apenas nesse dia que um amor pode dar lugar a outro amor!

 

Marta Leal

Coaching Inspiracional

 

 

Sobre o coração partido

Marta Leal, 24.07.17

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"Os dias correm diferentes uns dos outros. Existem dias em que me sinto solta e quase não me lembro de nós e noutros dias o mundo desaba com saudades do que não foi. Tenho mais saudades do que podia ter sido do que saudades do que foi. Estranha esta forma de pensar. Também penso mais em nós do que em ti, sabias? Questiono-me se não será um pensar egoísta, mas se o for que seja. É meu e eu escolho como penso e o que penso.

 

À data de hoje percebo que me escolhi a mim. À data de hoje penso que todas as lágrimas que deitei não eram de saudade, mas de escolha. Uma escolha entre dois grandes amores.  O amor que te tinha a ti e o amor que tenho a mim. Existem momentos em que tudo se cruza, em que o universo se organiza e move tudo a nosso favor. Depois, existem os outros momentos aqueles em que por muito que se movam as peças do puzzle se percebe que não pertencem, simplesmente não pertencem!

 

A incompatibilidade do momento trama tudo. É como de repente percebesses que um se adiantou e outro se atrasou. Hoje já consigo sorrir ao som da memória. O filme passa e a tragédia vai-se transformando em comédia romântica e tu sabes o quanto eu adoro uma comédia romântica."

 

 

Quando uma relação termina a dor é intensa. Tão intensa que há mesmo quem diga que não existe dor que se lhe compare. Existe sempre um sentimento de perda, de frustração, de impotência e de vazio. Falta! Falta alguém e falta qualquer coisa! Faltam as caricias, o mimo, a atenção, as palavras, a presença e, sobretudo, o amor. Falta o que se viveu e o que ficou por viver. Faltam as palavras que não foram ditas e os gestos que não foram tidos em conta. Faltam os sonhos que não foram concretizados e os planos que não foram conquistados. 

 

Para que exista superação é necessário que exista aceitação. Que as lágrimas sejam vivenciadas e que a aprendizagem seja feita. Sem culpas, sem julgamentos e sem arrependimentos. Existem amores que não são para serem vividos e casais que não conseguem ficar juntos. O que não deve acontecer é que te percas de ti e de quem és. Quem parte deixa sempre marca e é importante que quem fica honre aquilo que foi vivido.

 

Sempre que uma relação termina o coração parte-se e os sonhos despedaçam-se tal e qual peças de cristal quando atiradas ao chão. E quando um coração se parte há que escolher entre a cura e o penso rápido. Entre a reflexão que leve à aprendizagem e a procura de uma nova relação que possa ajudar a curar a antiga. Não ajuda! Pode-te ajudar a recriar uma paixão, um sonho e pode, normalmente, ter consequências desastrosas.

 

Perder um amor não significa perderes a capacidade para a amar! Mas antes concentra-te em ti e permite que a cura seja feita, que os sonhos sejam resgatados e que os teus olhos voltem a ver a vida com outra cor!

 

 

Marta Leal

Coching Inspiracional

 

E é só quando somos que nos encontramos

Marta Leal, 17.07.17

 

 

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A maioria das pessoas acaba por não se sentir preenchida apenas porque não é. Outras são-no tanto que não percebemos como coisas tão simples funcionam tão bem. A diferença está entre o ter, o fazer e o ser. Confusos? Eu explico um pouco melhor. Devemos ser em tudo o que fazemos. Devemos ser nas palavras que dizemos, na pessoa que amamos, nos filhos que temos, no negócio que decidimos criar, na profissão que escolhemos seguir, nos momentos em que escolhemos descansar, na roupa que vestimos, nas pessoas com quem nos decidimos dar e nas pessoas com quem nos cruzamos diariamente. Devemos sempre ser! Mas ser com uma intensidade tal que, ao final do dia, não exista qualquer tipo de dúvida que fomos, que realmente fomos.

 

E é só quando somos que nos encontramos. E quando nos encontramos experimentamos uma sensação de paz, de serenidade e de alinhamento. Desmistificamos, descomplicamos e seguimos cientes que estamos a ser essência! E o mundo fica mais bonito quando somos!

 

Marta Leal

Coaching Inspiracional

 

 

Os teus filhos são muito mais que teus filhos

Marta Leal, 11.07.17

Nunca sonhei ser mãe, nem sonhei casar. A coisa foi acontecendo, e quando dei por isso era mãe de 3 seres fantásticos, lindos e bem dispostos. Dito assim parece que foi tudo excelente, e não foi. O período de adaptação à maternidade, a perfeição que insistimos ver nas outras mães, a insistência em sermos e mantermos-nos firmes perante uma sociedade que perdoa muito pouco, são factores a ter em conta e que muitos de nós não têm. A maternidade oscila entre o entusiasmo e o desânimo, a alegria e a tristeza, a exaltação e a apatia, o dever e o prazer, a preocupação e a descontracção, mas, sobretudo, entre eles e nós. E a culpa que sentimos por pensarmos em nós é terrível, não é?

 

Quando os temos deixamos de ser nós. Passamos a viver por eles, para eles e, algumas mães, através deles. Perdemos-nos nos filhos e perdemos-nos de nós. De quem somos na realidade, dos nossos sonhos, dos nossos projectos, das nossas emoções e da nossa vida. Está errado. Viver através dos filhos está completamente errado. Para nós, e principalmente para eles.  Já imaginaste o peso que é para os teus filhos terem de viver a vida deles, e realizar os teus sonhos? Os teus filhos são muito mais que teus filhos. São pessoas com quereres, desejos,sonhos e vontades. Lembraste de quando tinhas a idade deles? Dá-lhes autonomia, cria as condições para que se tornem independentes, permite-lhes escolher, permite-lhes errar, permite-lhes ser.

 

Cá por casa os filhos estão a sair do ninho e a casa está a ficar cada vez mais vazia. A sensação de trabalho feito é, sem dúvida, uma evidência. E o orgulho que sinto não é pelo que atingiram ou mesmo pelo percurso que têm feito. O que me coloca um sorriso no rosto são as pessoas que estão por detrás da etiqueta filhos. São os valores, os sorrisos, a cumplicidade, as decisões e as escolhas, sobretudo, as escolhas. 

 

Marta Leal

Coaching Inspiracional

 

Abençoados 48

Marta Leal, 10.07.17

Aos 48 anos sinto-me, por vezes, a reviver uma adolescência com mais sabedoria, mais experiências e vivências, menos certezas mas com os mesmos sonhos e a mesma irreverência. Perceber que não me permiti apagar sonhos é perceber que, embora em certos momentos distante,  nunca me esqueci da minha essência.

 

Sem querer ter um foco derrotista a verdade é que aos 48 anos provavelmente já vivi metade da minha vida. E esta metade corresponde à grande vitalidade, à grande procura de experiências novas e às grandes aprendizagens. Talvez por isso chegada à data de hoje me recuse a viver o que não quero viver, a estar com quem não quero estar, falar do que não quero falar, ouvir o que não quero ouvir, dizer o que não quero dizer e a fazer aquilo que não quero fazer. Talvez por isso me alinho diariamente com quem sou e com quem quero ser. Talvez por isso seja tão fácil, para mim, viver. E tão dificil para alguns entender. 

 

Os próximos anos vou continuar a viver na vida que escolhi, a fazer o que me faz sentido e a ter ao meu lado quem escolhi ter. Vou continuar a inspirar e a motivar. Vou continuar ao lado daqueles que se atrevem a melhorar, a mudar e a crescer enquanto indivíduos. Vou estar ao lado daqueles que escolhem estar comigo e vou ser cada vez mais eu. Quero que o meu legado se propague na vida daqueles que ajudei a mudar. E essa é quem sei ser.

 

A incompreensão dos outros perante alguém que escolhe fazer diferente é uma realidade . Mas sabes? isso não interessa nada. O que interessa, de facto, é que tu estejas alinhado contigo e com quem queres ser. Que vivas a vida de uma forma intensa e verdadeira. Que te negues a ser os outros e te foques a ser tu. 

 

 

Marta Leal

Coaching Inspiracional

 

Não podes ser sempre feliz!

Marta Leal, 03.07.17

 

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"Não podes ser sempre feliz! Soa a falso!" disse-me uma amiga há uns largos anos com tal convicção que acabou por me convencer que havia qualquer coisa de errado comigo. As palavras conseguem ter um efeito que oscila entre o mágico e o devastador. A verdade é que cresceu em mim uma dúvida! Será que não exagero na felicidade? Será que esta coisa de aceitar a realidade como ela é não me faz bem? Será que aceitar os outros como eles são não será exagerado?

 

Cresceu mas depressa se desfez. A verdade é que acredito que viver feliz é uma escolha. E viver feliz não significa que não esteja preparada para situações menos boas. Viver feliz significa apenas que sei que o meu mundo vai muito além deste ou daquele acontecimento ou desta ou aquela pessoa. Significa que sei que existem dias tão tramados que a única coisa que quero é recolher-me e isolar-me, mas isso não significa que não seja feliz. Isso significa aceitar os acontecimentos, gerir as emoções em relação a eles, dizer uns palavrões, resmungar, questionar e resolver.

 

Podemos ser felizes para sempre sabendo que essa felicidade é composta de momentos tristes. A tristeza também faz parte da felicidade. Como podias vivenciar a felicidade se não conhecesses a tristeza?

 

A vida afastou-me da amiga e não nos vimos há muitos anos. Hoje gostava de lhe dizer que não existe nada falso numa felicidade que é vivida na essência e no prazer de ser quem sou, de viver como quero viver e de estar rodeada de pessoas que me inspiram diariamente! 

 

Marta Leal

Coaching Inspiracional!