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... Blogger, coach, mentora, palestrante, autora, contadora de histórias, formadora e uma apaixonada pela vida ...

Tu não és uma fada!

Marta Leal, 27.06.16

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Trabalhar com miúdos transforma-nos, faz-nos crescer e faz-nos sorrir todos os dias. Trabalhar com os mais novos permite-nos melhorar diariamente com a certeza de que a resposta certa é sempre a resposta mais simples. Há uns dias enquanto desenvolvia uma actividade vestida de fada dos sonhos um dos miúdos olhou para mim directamente enquanto me dizia com toda a certeza:

 

- Tu não és uma fada!

- Claro que sou - respondi eu - não vês que até tenho asas.

- As fadas não usam óculos - respondeu-me ele - enquanto me olhava nos olhos em modo de desafio.

- Claro que usam. Então como é que achas que eu vejo as árvores quando vou a voar para casa?

 

Continuei a fazer o que era pretendido enquanto sorria ás outras fadas convencida de uma vitória mais que garantida.

 

- Vês eu sabia que não eras uma fada - disse ele com mais certeza do que nunca.

- Então? - perguntei eu surpreendida!

- As fadas não têm casa!

- Não ? então onde é que elas moram?

- As fadas moram com as abelhas - respondeu-me ele com um olhar tão implacável que não ripostei.

 

Gosto. Gosto quando os argumentos são apresentados com tal inteligência que deixam os adversários sem palavras. Reconhecer a vitória do adversário é tão importante como vencer. E a vida ensina-nos que nem sempre vencemos!

 

Eu? Continuo assim muito mãe, muito mulher e muito eu mesma.

 
 
Marta Leal
Inspirational Coaching

 

 

Quando o amor (des)acontece!

Marta Leal, 23.06.16

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Olhamos uma primeira vez e o coração dispara, as mãos suam e a racionalidade desaparece como por magia das nossas mentes. O tempo que antecede os encontros ou a possibilidade de nos encontrarmos é preenchido com suspiros e uma ansiedade extrema. Tudo em nós é desajeitado tudo no outro é perfeito. Achamos graça ao nariz grande, o andar desengonçado ou á forma como se maquilha. Ignoramos o sapato que, embora fora de moda, tem tudo a ver com ele/ela ou aquele som ruidoso que faz quando se assoa. Mas estamos apaixonados e quando isso acontece tudo no outro é perfeito, tudo no outro é natural.

 

As imperfeições não existem e o todo é muito mais que tudo o que um dia sonhámos. A maioria das vezes desculpam-se atitudes, palavras e situações em nome de um bem maior - a nossa relação. Desculpamos quer o outro quer a nós. O tempo passa e passa demasiado rápido. Quando damos por isso implicamos com aquilo que nos conquistou seja o modo de estar, de ser ou de querer. Implicamos, acusamos, caluniamos, enganamos, achamos que somos donos do outro e esquecemos-nos de sermos donos de nós próprios.

 

E um dia sem que nada o indique percebemos que o amor acabou e não conseguimos encontrar uma explicação. Procuram-se as mais variadas razões, observamos a microscópio todos os momentos que podem estar na origem desse acontecimento, viramos todas as situações do avesso e esquecemos-nos de aceitar a única verdade, por vezes o amor morre. 

 

Raros são os casos em que ambos aceitam a situação e se afastam sem qualquer manifestação de raiva, ódio ou mesmo desejo de vingança. Na maioria dos casos um abandona e o outro sente-se abandonado. E, atenção, que quando falo de abandono refiro-me ao abandono da relação. Normalmente quem abandona a relação segue em frente enquanto o outro tem mais dificuldade em fazê-lo.

 

A maioria das pessoas que me procura quer recomeçar uma vida porque terminou um relacionamento. Tem dificuldade em desapegar-se do que teve, julga, culpa, pergunta-se onde errou e não percebe que é exactamente isso que o/a impede de caminhar. Ficamos presos ao outro quando nos devíamos focar em nós. Agarramos-nos ao outro quando nos devíamos agarrar a nós: a quem somos e a quem queremos ser. E, quando tomamos consciência passaram anos, muitos anos e, nós impedimos-nos de viver, de amar, de crescer e de sermos felizes! 

 

Mais do que amar o outro sabias que é importante amares-te a ti?

 

Eu? Continuo assim muito mãe, muito mulher e muito eu mesma.

 
 
Marta Leal
Inspirational Coaching

Isso não é peixe é carne do mar!

Marta Leal, 22.06.16

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Quando a filha do meio era pequenita insistia que não gostava de peixe. Sempre que ouvia falar em peixe dizia peremptoriamente enquanto cruzava os braços e mostrava a beiça "eu não gosto de peixe!". E cuidem-se porque quando a filha do meio se recusava a fazer qualquer coisa, recusava-se mesmo. Há coisas que são genéticas não é verdade? 

 

Lá por casa adaptámos-nos á postura da filha e mudámos o nome ao peixe. A partir daquela altura transformou-se em carne do mar que diga-se em abono da verdade era muito mais saborosa que a carne tradicional. Era delicioso ver a filha do meio comer a carne do mar. Mas mais delicioso é percebermos que é tão fácil entender o outro basta falarmos numa linguagem que ele entenda!

 

Comunicar é muito mais que falar. Comunicar é adaptares-te á linguagem de quem tens á tua frente e dizeres o que te vem da alma. Não. Não me enganei queria mesmo escrever  o que te vem da alma e não o que te vai na alma. Quando falas o que te vai na alma falas de ti quando falas o que te vem da alma conectas-te ao outro. Percebes a diferença?

 

Eu? Continuo assim muito mãe, muito mulher e muito eu mesma.

 
 
Marta Leal
Inspirational Coaching

Pessoas simplesmente fantásticas!

Marta Leal, 21.06.16

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E depois daqueles dias em que pensamos que o mundo enlouqueceu surgem outros dias que nos fazem acreditar novamente. Apenas porque existem pessoas fantásticas. Pessoas fantásticas são aquelas que te fazem sorrir do nada, que se oferecem para colaborar e te ajudam a crescer de tão altruístas que se mostram. Pessoas fantásticas são aquelas com que te cruzas e te fazem pensar ou reflectir sem que se apercebam que o fazem.

 

Sem pretender retirar mérito a ninguém tenho uma predilecção pelas chamadas pessoas comuns, aquelas que num ser e num estar muito próprias são autênticos exemplos de vida. Aquelas que continuaram quando muitos desistiram, aquelas que insistem em sorrir quando outros insistem em chorar.

 

Pessoas fantásticas não tem de ter títulos académicos, não têm de desempenhar determinado cargo, não têm de vestir determinada marca ou ter determinado tipo de casa. Não nos podemos esquecer que os nossos antepassados vestiam todos as mesmas peles e moravam  no mesmo tipo de caverna. Consta até que no paraíso Adão e Eva mais não tinham que umas parras para tapar as partes mais intimas. Portando dispamos-nos de preconceitos e verifique-se o que de facto interessa.

 

Pessoas  fantásticas não são de determinada cor, não tem de pertencer a determinado grupo nem sequer tem de ter determinada orientação sexual. Pessoas fantásticas são aquelas que se preocupam,  que se recusam a encolher os ombros e que simplesmente nos conquistam porque sim. Pessoas fantásticas são as que avançam para uma mudança, as que se importam e que se interessam. Pessoas fantásticas são aquelas que dá vontade de abraçar, meter no bolso e levar para casa.

 

E como eu gosto de pessoas fantásticas!

 

Eu? Continuo assim muito mãe, muito mulher e muito eu mesma.

 
 
Marta Leal
Inspirational Coaching

Não te preocupes que os bons nunca morrem!

Marta Leal, 20.06.16

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Ontem ao dizer á filha mais nova que ia fazer peixe grelhado para o jantar ouvi um "mas tu sabes fazer isso?". "Sei" respondi eu enquanto me ria e pensava que somos terríveis nas generalizações e nos pressupostos.  Assim que alguém tem determinado comportamento pegamos no carimbo da generalização e alargamos esse comportamento a tudo o resto. Sem pensarmos em circunstâncias, estados de espírito ou mesmo momentos. A partir daí partimos do pressuposto que é sempre assim e sempre assim será. Sou uma péssima cozinheira mas caramba grelhar um peixinho não é nada do outro mundo.

 

Quando era mais nova sempre ouvi a mãe a dizer para não me preocupar que os bons nunca morriam. E lá ficava eu descansada a acabar de ver o filme segura que no final os bons nunca morriam por muitos desafios que tivessem de passar. Generalizei até porque durante muito tempo era isso que a industria cinematográfica nos mostrava. Os bons sobreviviam sempre na luta contra os maus. Hoje a coisa está diferente. Há heróis que morrem em nome de uma causa, de uma ideia ou mesmo de um principio. Para mim não foi pacifico ter essa consciência até porque no meu mapa mundo os bons nunca deviam morrer. 

 

Bom. A verdade é que continuo a partir desse pressuposto. Não por uma teimosia suprema ou por uma mera infantilidade mas porque assumo que para mim os bons nunca morrem. Para mim os bons serão sempre recordados no coração daqueles de quem fazem parte e pela diferença que fizeram. Afinal de contas a minha mãe tinha razão quando dizia "não te preocupes, que os bons nunca morrem!".

 

Eu? Continuo assim muito mãe, muito mulher e muito eu mesma.

 
 
Marta Leal
Inspirational Coaching

 

Sobre as Paragens!

Marta Leal, 19.06.16

 

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Tendo em conta que vida passa muito rápido acredito que é importante fazermos umas pausas para percebermos a direcção que estamos a tomar. Acredito também que só nas pausas nos reconhecemos, cuidamos e abraçamos. Só nas pausas observamos a pressa que tivemos. É quando nos permitirmos parar que percebemos os momentos que devorámos numa ânsia voraz e que se fosse hoje nos limitaríamos a saborear. Não falo de saudosismos de outros tempos. Falo de momentos que quase não vivemos tal era a pressa de os viver. 


É essencial que a cada paragem se corrijam rotas, percebam atitudes, se verifiquem valores, se mude de ideias, analisem parceiros e, se for caso disso, se façam inversões de marcha ou se siga em frente. Desconfio sempre dos que não mudam de ideias, dos que nunca têm dúvidas e dos que defendem a certeza absoluta. Eu cá não tenho certezas, cresço com as dúvidas e aprofundo-me sempre que mudo de ideias.

Cá por casa os últimos tempos foram de paragens mais ou menos forçadas. Aos estudos para os exames das filhas acrescentaram-se uns vírus e umas viroses. Conta a história que este ano estamos todos elegantes para começar a época balnear. Mantenha-se o bom tempo e este ano a praia vai-se fartar de nós.

Não somos uma família comum. A mãe não cozinha, não anda atrás para estudar e não dá palpites no futuro que podem ou não ter. Os filhos pintam as portas e as paredes e uma delas até pinta o cabelo com cores que são tudo menos "normais". Não temos qualquer problema em dizer o quanto gostamos uns dos outros e apoiamos tanto na derrota como na vitória. Cá por casa podemos ter dificuldades em encontrar horários para tomarmos todas as refeições juntos mas uma coisa é certa quando o fazemos as gargalhadas e a sintonia são únicas.

 

 

Eu? Continuo assim muito mãe, muito mulher e muito eu mesma.

 
 
Marta Leal
Inspirational Coaching