O amor deve ser bipolar!
Perdemos-nos do amor quando nos perdemos de nós próprios impedindo-nos de ser felizes, realmente felizes. Mas quando falo de amor falo daquele amor puro e duro que nos faz sentir borboletas no estômago e as mãos a transpirar. Que nos faz pular da cama cedo e empreender em jornadas que pensadas seriam inimagináveis mas que vividas nos sabem tão, mas tão bem!
Falo do amor que nos faz sorrir sem razão e suspirar em momentos inesperados. Quando falo de amor refiro-me ao amor aquele que eu e tu tão bem conhecemos. Sim. Porque eu sei que também tu já amaste assim. Já te entregaste, já rasgaste as regras, e amachucaste os impedimentos apenas porque te permitiste amar. Sim, porque eu sei que também tu em um qualquer momento te permitiste a ser e a estar.
Falo do amor ao outro mas também falo do amor a ti. Ao que tu és e ao que tu sabes ser. Mas atenção falar de amor a ti nada tem a ver com egocentrismo e falar de amor ao outro nada tem a ver com dependência. Falo do amor verdadeiro aquele que te respeita como todas as letras e te mima independentemente do verso onde foi inserido.
Porque o verdadeiro amor meus caros é bipolar. Oscila entre a excitação do encontro e a serenidade do momento com o outro e connosco. Vive de uma agitação constante que se alimenta de um qualquer gesto, de um qualquer sorriso e de uma qualquer palavra. Suave, sempre muito suave!
Amar de forma morna é como beber café frio, tomar banho de água tépida e receber um abraço que nos faz sentir desconfortáveis.
Um amor morno não é um amor calmo mas um amor moribundo.
Marta Leal