Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

martaleal

... Blogger, coach, mentora, palestrante, autora, contadora de histórias, formadora e uma apaixonada pela vida ...

O amor deve ser bipolar!

Marta Leal, 30.09.15

images (21).jpg

 

Perdemos-nos do amor quando nos perdemos de nós próprios impedindo-nos de ser felizes, realmente felizes. Mas quando falo de amor falo daquele amor puro e duro que nos faz sentir borboletas no estômago e as mãos a transpirar. Que nos faz pular da cama cedo e empreender em jornadas que pensadas seriam inimagináveis mas que vividas nos sabem tão, mas tão bem!

 

Falo do amor que nos faz sorrir sem razão e suspirar em momentos inesperados. Quando falo de amor refiro-me ao amor aquele que eu e tu tão bem conhecemos. Sim. Porque eu sei que também tu já amaste assim. Já te entregaste, já rasgaste as regras, e amachucaste os impedimentos apenas porque te permitiste amar. Sim, porque eu sei que também tu em um qualquer momento te permitiste a ser e a estar.

 

Falo do amor ao outro mas também falo do amor a ti. Ao que tu és e ao que tu sabes ser. Mas atenção falar de amor a ti nada tem a ver com egocentrismo e falar de amor ao outro nada tem a ver com dependência. Falo do amor verdadeiro aquele que te respeita como todas as letras e te mima independentemente do verso onde foi inserido.

 

Porque o verdadeiro amor meus caros é bipolar. Oscila entre a excitação do encontro e a serenidade do momento com o outro e connosco. Vive de uma agitação constante que se alimenta de um qualquer gesto, de um qualquer sorriso e de uma qualquer palavra. Suave, sempre muito suave!

 

Amar de forma morna é como beber café frio, tomar banho de água tépida e receber um abraço que nos faz sentir desconfortáveis.

 

Um amor morno não é um amor calmo mas um amor moribundo.

 

Marta Leal

 

 

 

 

Qualquer decisão que implique uma mudança de vida é extenuante

Marta Leal, 15.09.15

images (9).jpg

 

Qualquer decisão que implique uma mudança de vida é extenuante. Extenuante nas dúvidas e nas certezas, nos planos cheios de magia e nos pensamentos onde se resgatam experiências menos boas. Extenuante nas palavras que ouvimos dos outros e naquelas que em sussurro vamos escutando em nós. Extenuante num tempo que se recusa a ir e a voltar. Cansam-nos as justificações pedidas, os argumentos que nada valem e os medos dos outros que se transformam em nossos. Medos que se infiltram e  propagam como se de pragas se tratassem. 

 

Confundem-se os nossos  medos com os medos dos outros. Sim  porque também em nós reside o medo.  Faz parte. Ter medo do incerto faz parte de quem somos, da forma como vivemos e dos passos que nos atrevemos e permitimos dar. Também em nós existe o medo do falhar, da critica, da rejeição e da dor que tudo isso possa causar. Também de nós fazem parte as lágrimas que se juntam à incertezas conspurcadas pelas dúvidas. Fazem parte a ansiedade que nos causa nó no estômago provocando-nos um fastio pontual. Fazem parte os dias em que baixamos os braços e enrolados em nós mesmos dizemos muito baixinho que não aguentamos mais. Fazem parte os dias em que nos arrastamos apenas porque sim.

 

Mudar de vida é extenuante mas mais extenuante é ficarmos onde já não nos sentimos como parte. Ficar só faz sentido se o lugar onde estamos respira o mesmo ar que nós, vive os nossos sonhos e está tão entranhado na nossa pele que se confunde em nós de tão impregnado. Entre o ir e o ficar fica uma saudade intensa e uma quase pena do que poderia ter sido diferente. O tempo distância-nos do defeito e aproxima-nos do quase perfeito. Não deixa de ser interessante a forma como a mente nos atraiçoa quando o assunto é saudade!