Até Sempre Easter!
É mais do que conhecido que sou uma mulher de emoções embora muitas vezes num dia-a-dia que me exige firmeza e racionalidade tenha dúvidas sobre isso. Dúvidas momentâneas mas dúvidas. Depois percebo que são defesas são apenas defesas criadas por uma rotina onde escolhemos não nos envolver em tudo o que nos rodeia.
Estou triste. estou muito triste e por muita técnica que tenha hoje não me apetece usar nenhuma. Não me apetece segurar as lágrimas que insistem correr-me pela cara nem me apetece esconder a tristeza que sinto. Tenho o direito de chorar a perda da minha cadela e tenho o direito de vivenciar a emoção que o vazio me provoca. Todas as decisões que tomo envolvem compromisso e a decisão de termos acolhido a Easter não foi excepção. Quando decidimos ter um cão decidimos pelo que nos pareceu melhor e pelo que nos fez mais sentido. A Easter escolheu-nos a nós e nós aceitámos a escolha. Neste processo ouvi de tudo desde que era louca em gastar tanto dinheiro com uma cadela, que devia mandar abatê-la ou que devia devolvê-la onde a fui buscar. Chocou-me a forma como algumas pessoas encaram os animais chocou-me a forma como nos descartamos facilmente daqueles por quem escolhemos responsabilizarmo-nos.
Entre as entradas e saídas da clínica veterinária existiram lambidelas, risos, latidos e mimo muito mimo. E, tivemos sobretudo esperança, muita esperança. Infelizmente a Easter não sobreviveu e o nosso mundo ficou mais pobre.
Até sempre Easter contigo levas um bocadinho de nós!