O mundo é composto de pensamentos, sentimentos e emoções
Acordo todos os dias cedo e gostaria de vos dizer que acordo todos os dias cheia de energia e feliz da vida mas se o dissesse estaria a ser hipócrita e pouco verdadeira. Se há dias em que saltito noutros arrasto-me descabelada para fora da cama com pouca vontade ou mesmo sem vontade nenhum. Dou comida aos gatos que entretanto me acordaram, e coloco o café a fazer. Nesses dias tenho a sensação que o meu corpo pesa 200 quilos tal é a dificuldade que tenho em deslocar-me rumo à meditação matinal.
Afinal a lesão era maior que o esperado e introduz-se uma maratona de fisioterapia diária como mais uma variável numa agenda que já por si tem muito que se lhe diga. Abrir uma garrafa de água é tarefa impossível e barrar queijo no pão uma tarefa digna de constar num qualquer feito do Guinness. O que também tem muito que se lhe diga é a maternidade. Posso-vos dizer que enquanto mãe já me cansei, assustei, chorei de alegria e chorei de medo que alguma coisa pudesse acontecer. Já ralhei e já abracei. Já passei noites em claro e já passei noites descansada.Já tive todas as certezas e hoje em dia tenho sempre todas as duvidas. Acredito que não existem fórmulas mágicas porque o mundo é muito mais que uma fórmula. O mundo, meus caros, é um composto de pensamentos, sentimentos e emoções. E antes que alguns comecem a duvidar da minha sanidade mental é bom referir que tudo isto é para dizer que para mim ser mãe é uma das melhores sensações do mundo independentemente de, por vezes, existirem contrastes de acções e emoções.
Outra das coisas que leva as emoções ao rubro cá por casa é a marcação de férias de verão. Se não vejamos, temos-me a mim e os compromissos assumidos com consultas e formações, o meu ex, a companheira do meu ex, o mais que tudo, a ex do mais que tudo, os concertos e os exames da filha do meio, os exames da filha mais nova, os exames e concertos do filho mais velho e os acampamentos e exames das filhas do mais que tudo. A isto acresce o eu não gostar de férias em Agosto e a minha intolerância ás viagens de carro. Um dia destes revolto-me!